Decisão reforça narrativa de perseguição: Diretor-Geral foi alvo de grupo que se recusava a abrir mão do poder e da hegemonia política no campus
Foram quatro anos de espera, resistência e desgaste para, finalmente, o Ministério Público Federal (MPF) encerrar uma investigação que jamais deveria ter sido aberta. O arquivamento marca o fim de um processo que nasceu de uma denúncia infundada contra o Diretor-Geral do campus São João de Meriti do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), impulsionada não pela busca da verdade, mas por uma clara tentativa de retaliação e perseguição política de um grupo que não aceitava ver sua hegemonia histórica questionada.

Esse mesmo grupo, disfarçado de guardião da democracia, tentava se perpetuar no poder a qualquer custo, inclusive por meio da instrumentalização de uma fábrica de denúncias para criminalizar adversários e fragilizar a gestão que se propunha a romper o ciclo de privilégios e promover a democratização real dos espaços institucionais. Agora, com o arquivamento oficial do MPF, como já ocorrera anteriormente pela Comissão de Ética da Presidência da República, o tempo revela os verdadeiros propósitos por trás das acusações: silenciar, isolar e destruir a reputação política de uma liderança legitimamente eleita, que se recusou a pactuar com velhas estruturas.
A acusação, formulada em 2021, girava em torno da suposta prorrogação indevida, durante a pandemia, dos mandatos do Colegiado de Campus (CoCam), o que motivou a abertura da investigação. O MPF, após minuciosa análise, concluiu que não houve crime, ratificando a legalidade dos atos praticados. A denúncia revelou-se desprovida de base jurídica e, mais do que isso, parte de uma engrenagem mais ampla de sabotagem política e perseguição institucional.
Perseguição institucional: assédio e tentativa de silenciamento
Nos bastidores, o caso é considerado um dos mais emblemáticos da rede federal de educação do país no que diz respeito ao assédio moral vertical ascendente e à perseguição política, especialmente contra lideranças negras e progressistas. O Diretor-Geral do campus, homem negro, ativista dos direitos humanos, forjado há mais de uma década nas lutas sociais e democráticas, tornou-se alvo direto de uma elite corporativa do funcionalismo público que não admitia a perda de controle, tampouco a mudança de paradigmas administrativos.
A denúncia, https://www.youtube.com/watch?v=3guSS4-_46s , foi usada como ferramenta para impedir avanços democráticos, travar a governança participativa e estancar o processo de renovação política no campus. A gestão, eleita com apoio da maioria da comunidade acadêmica, passou a ser sabotada por setores resistentes à mudança, que reagiram com isolamento, litigância de má-fé, abuso de instrumentos sindicais, hostilidade cotidiana e tentativas de criminalização simbólica. Esses grupos, agora desmascarados, agiram como uma minoria barulhenta e autoritária que, em nome da “legalidade”, se opunha à legitimidade e à voz da maioria.

A ética como discurso seletivo
O caso escancara o uso oportunista de bandeiras como a ética e a legalidade. Para além da decisão judicial, fica a lição amarga de como conceitos como democracia, ética e participação podem ser manipulados para encobrir interesses escusos de manutenção do status quo. Trata-se de uma tentativa deliberada de domesticar a crítica, enfraquecer o contraditório e impedir que a comunidade acadêmica fosse ouvida em sua pluralidade.
Ao contrário do que prega o discurso institucionalizado por esses setores, o que se viu foi a prática da exclusão, da segregação interna e da criminalização da autonomia administrativa. E, ao fim, quem pagou o preço foram os estudantes vítimas indiretas de um ambiente tóxico fomentado por interesses pessoais e políticos.
Reação firme, resposta institucional, compromisso com a legalidade e a reconstrução do ambiente acadêmico
Com o arquivamento da investigação, o CoCam, cujo seu regulamento atualizado e aprovado democraticamente em 2021 está absolutamente legitimado. A gestão reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a participação institucional, tendo já instituído a comissão responsável pelo novo processo eleitoral.
Diante das vacâncias, e com base em ampla escuta da comunidade por meio eletrônico, inclusive os antigos denunciantes comporão a comissão eleitoral — um gesto de maturidade institucional que prioriza a coletividade, mesmo quando exige superar antagonismos. Esta decisão está amparada por método aprovado no âmbito do próprio CoCam.
Nosso foco está em fortalecer os espaços de diálogo e reconstruir um ambiente acadêmico saudável. Ética não pode ser instrumento de ocasião precisa ser compromisso constante e coerente. Seguimos firmes nesse propósito, com responsabilidade e respeito à diversidade de ideias.
O silêncio que pesa mais do que a acusação
É nesse ponto que se revela uma segunda violência: a institucional. Como pode uma instituição que se diz promotora de integridade silenciar e, em certos momentos, até legitimar práticas de perseguição e assédio? A omissão diante do adoecimento de servidores, das injustiças internas e das ações políticas excludentes é um alerta vermelho.
É preciso transformar o discurso em ação. E essa mudança passa por rever comportamentos, acolher o contraditório, ouvir os que resistem e promover o respeito à diversidade de pensamento. A cultura institucional do IFRJ precisa ser reconstruída com base em valores reais e não em aparências protocolares.
O símbolo de resistência democrática
O Diretor-Geral do campus participou do evento “Promovendo um ambiente organizacional saudável” https://www.youtube.com/watch?v=N5XPdJSMThE , promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, onde debateu-se a ética pública ao lado de referências como a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian. Sua presença simboliza que é possível, sim, resistir à perseguição e continuar promovendo valores republicanos mesmo diante de ataques persistentes. Não por acaso, foi reconhecido por outras instituições como exemplo de resistência ética e coragem administrativa.
A democracia resiste
O arquivamento do MPF é mais do que uma vitória jurídica. É uma resposta simbólica da democracia contra os que tentam usá-la apenas como fachada. Uma advertência contra práticas autoritárias que ainda persistem em diversas instituições públicas e que precisam ser enfrentadas com coragem, transparência, justiça e ação coletiva.

O caso serve de lição para o futuro. Demonstra que é preciso garantir a pluralidade, defender a legitimidade das urnas, zelar pelos espaços coletivos e, acima de tudo, proteger quem ousa fazer o certo mesmo quando isso significa enfrentar forças organizadas em nome da injustiça.
Como disse a escritora Conceição Evaristo: “Eles combinaram de nos matar, a gente combinamos de não morrer”.
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