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Autoconfiança: A coragem de viver sem garantias

Por Luciana Renata Bricci Pires de Oliveira – Psicóloga, CRP 06/57982. Especialista em TCC, Terapia do Esquema e EMDR

Autoconfiança não é nascer sabendo, é ter coragem de continuar mesmo sem saber o que vai acontecer. É agir com o coração acelerado, é errar e tentar de novo, é aceitar que viver também é se expor. A vida não nos dá garantias — e é exatamente aí que mora a força.

Muitos confundem confiança com perfeição. Acham que ser confiante é nunca duvidar. Mas a verdade é que a autoconfiança floresce quando deixamos de fingir que estamos sempre prontos e passamos a nos permitir ser humanos. É no momento em que reconhecemos nossas fragilidades que nasce a verdadeira coragem.

Eu sou a psicologia que acredita na reconstrução. E vejo todos os dias como a insegurança rouba sonhos. Ela começa devagar — um medo de falar, uma comparação constante, o pensamento de que “os outros são melhores”. Essas pequenas vozes vão corroendo a autoestima e nos afastando daquilo que temos de mais precioso: a fé em nós mesmos.

Mas ninguém nasce inseguro. A insegurança é aprendida — e, por isso, pode ser desaprendida. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), entendemos que cada pensamento cria uma rota no cérebro. Se repetimos “não consigo”, o cérebro acredita. Mas quando começamos a dizer “posso tentar”, algo muda. O cérebro se reorganiza, criando novos caminhos neurais. Essa é a prova viva de que podemos ensinar nossa mente a confiar de novo.

Na Terapia do Esquema, descobrimos que a voz que mais nos critica, muitas vezes, nem é nossa. É o eco de uma infância exigente, de comparações antigas, de feridas que nunca foram acolhidas. Quando identificamos esses padrões, temos a chance de quebrar o ciclo. Deixar de repetir histórias de desvalorização que atravessam gerações e começar um novo enredo — mais leve, mais verdadeiro.

O EMDR, técnica moderna da neurociência, nos ajuda a libertar o corpo e a mente de lembranças que ainda doem. É como se o cérebro, ao reorganizar essas memórias, dissesse: “você sobreviveu, agora pode seguir em paz”.

Construir autoconfiança é, antes de tudo, aceitar a vulnerabilidade. Não há força maior do que continuar tentando sem saber o resultado. Autoconfiança é isso: fazer o que precisa ser feito, mesmo tremendo. É se permitir ser visto como realmente é, sem máscaras nem garantias.

A psicologia não promete eliminar o medo. Ela ensina a caminhar com ele. A transformar o “e se eu falhar?” em “e se der certo?”. E é nesse ponto — entre a dúvida e o passo — que nasce a liberdade. Porque acreditar em si mesmo é o ato mais revolucionário e curador que existe.

Luciana Bricci é psicóloga especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia do Esquema e EMDR. Atua integrando ciência, e propósito humano, ajudando pessoas a romperem padrões emocionais, reconstruírem a autoconfiança e reencontrarem o sentido de viver.

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