Ação apura possível esquema de sonegação de ICMS e lavagem de dinheiro; investigação não envolve a rede de supermercados Coelho Diniz nem o Grupo Pão de Açúcar
Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), com apoio da Receita Estadual e das polícias Civil e Militar, investiga um suposto esquema de fraude tributária que teria causado prejuízo superior a R$ 215 milhões aos cofres públicos. A ação, denominada Operação Ambiente 186, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresas de empresários da família Diniz em Minas Gerais, sem qualquer relação com a rede de supermercados Coelho Diniz, que atua no varejo alimentar.

De acordo com informações oficiais divulgadas pelo MP-MG e confirmadas por veículos como VEJA, InvestNews, O Fator e Portal Gerais, as investigações apuram possíveis práticas de sonegação de ICMS, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e movimentações financeiras irregulares. Segundo os investigadores, o esquema envolveria o uso de empresas de fachada conhecidas como “noteiras” para emitir notas fiscais falsas e reduzir artificialmente o volume tributário devido.
Entre os alvos da operação está o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado no caso do Mensalão. Sua participação no suposto esquema ainda é analisada pelas autoridades, mas sua inclusão entre os investigados foi confirmada pelo MP-MG e amplamente noticiada pela imprensa.
Em nota enviada à imprensa, representantes da família Diniz afirmaram que as redes de supermercados Coelho Diniz e os investimentos no Grupo Pão de Açúcar (GPA) não são alvos da operação, reforçando que as empresas do varejo alimentar não integram o escopo da investigação. As entidades públicas envolvidas MP-MG, Receita e forças policiais não mencionaram a rede de supermercados nem o GPA em suas comunicações oficiais.
A ação resultou no bloqueio judicial de bens que pode superar R$ 476 milhões, valor estimado para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos caso as suspeitas sejam confirmadas. Documentos, computadores, celulares e mídias digitais foram apreendidos para análise.

O MP-MG ressaltou que as apurações seguem em sigilo e que nenhuma responsabilidade foi atribuída até o momento, destacando que conclusões só serão possíveis após a avaliação técnica de todo o material coletado.
A Operação Ambiente 186 marca mais um capítulo na estratégia estadual de combate a organizações especializadas em fraudes fiscais e reforça o foco das autoridades em estruturas empresariais paralelas utilizadas para burlar o sistema tributário.
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