Especialista afirma que a virada do ano expõe feridas antigas e alerta: “O que mais falta às mulheres não é beleza, é permissão para existir.”
À medida que 2026 se aproxima, cresce o número de mulheres que relatam cansaço emocional, sensação de estagnação e um desejo profundo de reorganizar a própria vida. Para a psicanalista Cristiane Medina, especialista em autoestima feminina, essa virada de ano marca o início de um movimento inevitável: o retorno da mulher para si mesma.

Segundo Medina, autoestima não tem relação com padrões estéticos. “Falam que autoestima é se sentir linda, mas autoestima é se permitir. Se permitir descansar, dizer não, não corresponder o tempo todo. Muitas mulheres não sabem disso porque foram ensinadas a serem boazinhas, silenciosas e sempre disponíveis”, explica.
A psicanalista reforça que boa parte da dor emocional que surge no fim do ano não é gerada pela idade ou pelas circunstâncias — mas por tudo o que foi reprimido ao longo da vida.“A idade não traz apenas sabedoria. Ela revela tudo que você guardou: o medo que empurrou para depois, a tristeza que disfarçou, o amor-próprio que deixou adormecer. Muita gente acha que está em crise por causa da idade, mas o que dói é perceber quantas vezes você se deixou de lado”, afirma.
Com a proximidade de um novo ciclo, Medina aponta que 2026 será o ano em que muitas mulheres vão enxergar a si mesmas com honestidade — e isso exige coragem. Ela destaca que a forma como cada mulher se trata determina aquilo que ela aceita, dentro e fora das relações.
“O amor que você dá para si é o que te sustenta. Não é sobre se achar perfeita, é sobre se acolher quando erra e se proteger quando algo te fere. Quando a mulher começa a se tratar como alguém que importa, suas relações, escolhas e limites mudam”, explica.

Para Medina, o próximo ano será marcado por pequenas revoluções internas. “Quando você começa a se autorizar — a sentir, a existir, a ocupar espaço sem pedir desculpas — tudo começa a entrar no lugar.”
Checklist: como entrar em 2026 com mais autoestima, liberdade emocional e protagonismo
- Permita-se descansar sem culpa
Nem tudo precisa ser produtividade. Pausas também constroem. - Use o “não” como ferramenta de proteção emocional
Dizer não não afasta pessoas — afasta abusos. - Repare no que sua idade está revelando
Os incômodos de agora são memórias pedindo cuidado. - Questione padrões que te diminuem
Se você aceita migalhas, falta gentileza consigo — não valor. - Comece fazendo perguntas essenciais
“O que eu preciso hoje?”
“Qual limite me protege?”
“Como posso ser mais suave comigo?” - Pare de acreditar que está atrasada
Você está exatamente no ponto em que começou a olhar para si — e isso já é avanço. - Trate-se como alguém indispensável
Autoestima não é perfeição; é respeito interno. - Evite ambientes onde você precisa se encolher para caber
Se você precisa se diminuir, o problema não é você. - Valide seus sentimentos antes das expectativas alheias
Suas emoções importam — e contam a verdade. - Lembre-se: protagonismo é permissão
Permissão para existir, mudar, recomeçar e construir uma vida mais honesta consigo mesma.

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