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Conheça a história de uma das maiores figuras de Minas Gerais: Alex Monteiro

O sonhador menino de Juíz de Fora que fundou a NonStop e conquistou o mundo

Alex Monteiro, um visionário oriundo de Juiz de Fora, compartilha sua trajetória impressionante desde a infância até o sucesso como empreendedor no Brasil. Em uma entrevista reveladora, ele reflete sobre como sua cidade natal influenciou seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Sem dúvida alguma, Juiz de Fora, assim como toda Minas Gerais, é um celeiro de grandes talentos. Cresci imerso nessa efervescência cultural tão característica da nossa cidade. Desde cedo, estive envolvido com os movimentos culturais locais, participei da Associarte, tive projetos aprovados pela Lei Murilo Mendes e até integrei a banca avaliadora, em diálogo com a FUNALFA. A minha vida começa aí: no palco, na rua, no contato direto com a cultura. Esse ambiente me deu repertório, visão crítica e sensibilidade — ferramentas que carrego até hoje como empreendedor.”

Ao fundar a NonStop, um dos maiores desafios enfrentados por Alex foi a transição de ser visto como um “sonhador” para alguém com um projeto validado. “O maior desafio foi sair do estágio de ‘louco’ para o estágio de ‘validado’. No início, te olham como sonhador demais. Primeiro, duvidam. Depois, acham que pode dar certo. Em seguida, dizem que foi sorte. Só depois reconhecem. Tive um grande parceiro nesse início: o Klaus, amigo de faculdade em Juiz de Fora. Ele acreditou comigo. Ele era o que eu não era: gestão, método, estrutura. Eu tinha o sonho, ele ajudou a dar forma. A NonStop nasceu disso.”

As experiências de Alex como artista de rua e em bandas de baile foram fundamentais em sua formação. “Eu sempre fui um operário da arte. Fazia o que fosse preciso para realizar meu sonho. Se era panfletar, eu fazia com criatividade. Se era montar palco, carregar caixa, operar luz… também fazia. Quando comecei a empresariar o Gustavo Mendes, também mineiro, éramos só eu, ele e o Julio na estrada. Eu fazia som, luz, produção, tudo. E foi nos bastidores que aprendi: as pessoas só enxergam quando a luz te ilumina. Mas a essência é a luz que você acende quando ninguém está vendo.”

A Sem Parar foi um ponto de virada na carreira de Alex, onde ele aprendeu lições valiosas para aplicar em futuros negócios. “Antes da Sem Parar, tive experiências fundamentais. Agradeço ao Anderson Herédia, que me convidou para liderar o projeto Mascarenhas Convida. Também empreendi com a Monteiro Eventos. Mas foi na Sem Parar que tudo começou a tomar forma. Produzir espetáculos, montar estrutura, lidar com equipe e artistas me formou. Produzi o grupo Melhores do Mundo no Cine-Theatro Central, e hoje eles são artistas da nossa empresa. A Sem Parar me preparou para tudo que viria depois.”

A transição para trazer criadores do YouTube para palcos brasileiros surgiu com a visão de unir o digital ao real. “Nossa expertise sempre foi em shows e espetáculos. Mas percebemos que o público estava migrando o interesse: saía da TV e ia para o YouTube. A sacada foi: por que não transformar o digital em algo real? A partir disso, criamos, eu e o João, de Guarani, o conceito de gestão 360, que até hoje é nosso diferencial. A ideia era não só colocar influenciadores no palco, mas desenvolver suas carreiras com múltiplas receitas e consistência.”

Manter a NonStop na vanguarda do marketing de influência é um esforço conjunto. “Manter-se na vanguarda é um esforço coletivo. A NonStop hoje é liderada pelo Kaká Diniz, com um time incrível: Douglas, sócios, investidores. Após dois anos fora, voltei como VP Comercial com uma visão ainda mais estratégica. Acredito que uma empresa só perde seu lugar quando perde a vontade de aprender. Eu estudo muito, leio relatórios, acompanho tendências globais. No fim, o que mais funciona é a autenticidade. O mundo digital tenta nos moldar, mas quem permanece fiel à essência, permanece relevante.”

Em suas palestras, Alex compartilha insights sobre o marketing de influência, destacando a importância do tripé: “A influência se sustenta em um tripé: Constituição, Conteúdo e Contexto. A Constituição é quem você é, seu propósito, suas habilidades. O Conteúdo é a sua mensagem: criativa, ousada e real. O Contexto é onde e para quem você fala — porque como dizia Paulo Freire, o contexto é mais importante que o texto. Influência não é sobre ter seguidores, mas sobre fazer o outro tomar atitude. Mas, antes de atrair olhares, é preciso não perder o próprio olhar.”

Sobre o futuro dos influenciadores digitais, Alex pode prever uma evolução significativa. “Estamos em transição. Vivemos o boom do UGC e EGC — mas tudo virou repetição. Acredito que vamos voltar ao conteúdo mais profundo e autoral. O valor estará na retenção, não no alcance. Na economia da atenção, quem vence não é quem atrai, é quem mantém. Não seja genérico. Seja importante para quem importa.”

Ao ser questionado sobre o surgimento de micro influenciadores, Alex observa como isso impacta as estratégias. “Os micro influenciadores são, sim, a bola da vez. Mas a pergunta que poucos fazem é: quando e por que usá-los? Na NonStop, não aceitamos clientes com expectativas desalinhadas. Mais do que moda, influência exige fit de valores, propósito e clareza de objetivo. Não se trata de empilhar creators, mas de gerar conexão com quem importa.”

Alex reforça a responsabilidade no marketing esportivo, destacando a influência necessária dos atletas. “A influência está no esporte, sim! Nosso case com o Negrete mostra isso. Mas precisamos de responsabilidade. Como na NFL, o atleta precisa entender que influência exige exemplo. A vida não é o pódio. É o treino. Precisamos saber quem são as estrelas que estamos iluminando.”

Por fim, ao aconselhar jovens empreendedores, Alex compartilha sua visão pessoal. “Não sigam os meus passos. Sigam os seus. Eu fui o menino da Rua Halfeld, da Escola Normal, o artista do Bernardo Mascarenhas. Fui chamado de louco — e tudo bem. Você só é louco até provar que é possível. Seja guiado pelo que te move, porque o que te move te sustenta. E tenha orgulho de ser mineiro. Como na música: ‘Porque se chamava moço, também se chamava estrada…’ (Só não sou cantor, tá? risos).”

Quanto à sua criatividade num mercado em constante mudança, ele afirma que “minha criatividade nasce da minha autenticidade. Ser palhaço não me diminui como empresário — me humaniza. Voltar à infância é voltar à essência. A criança criativa ainda mora em nós. Ser essência é ser criação. E se somos imagem do Criador, então somos criação em movimento.”

Refletindo sobre seus maiores sonhos, Alex revela suas aspirações mais profundas. “Meu maior sonho é ser o pai da Helena e do Gabriel. É viver a paternidade com responsabilidade. Fui pai simbólico para artistas também, como no casamento do Whindersson, nos conselhos à Dani Russo… Mas nada é maior do que ser pai de verdade. Quero ser voz na causa da parentalidade responsável. Separar conjugalidade de parentalidade. Gerar filhos com estrutura emocional. Como dizia Paulo Freire: o oprimido não pode virar opressor. Meu sonho é ver a paz… sendo apenas paz.”

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