Recomeçar a vida em outro país já exige coragem. Agora imagine fazer isso sendo mãe, sem rede de apoio, com a rotina virando de cabeça para baixo e, muitas vezes, com o medo constante da instabilidade migratória. É nessa mistura de amor, resiliência e sobrevivência que muitas brasileiras constroem uma nova vida no Reino Unido, mesmo quando tudo ao redor parece incerto.
Entre desafios e esperanças, elas buscam muito mais do que estabilidade: querem pertencimento. Querem o direito de criar seus filhos com dignidade, de fazer parte da comunidade onde vivem e de garantir um futuro seguro para a família.

É nesse contexto que a advogada Lívia Suassuna, referência em direito imigratório e fundadora da Suassuna Global, atua como ponte entre essas mulheres e seus direitos. Com uma abordagem humanizada, Lívia tem lançado luz sobre um recurso legal essencial e, muitas vezes, desconhecido: o direito à permanência com base na vida privada e familiar — também conhecido como Private and Family Life.
“Mesmo para quem está em situação irregular, há caminhos legais quando há filhos menores envolvidos e vínculos reais com o Reino Unido”, explica a advogada.
O processo, no entanto, exige mais do que o desejo de permanecer. É preciso comprovar residência, laços afetivos consistentes, envolvimento escolar, dependência emocional e estrutura familiar estável. “É delicado, mas absolutamente possível. Com orientação certa e responsabilidade, é possível transformar vidas”, afirma.
Lívia acompanha de perto histórias de mulheres que chegaram ao Reino Unido desacreditadas — algumas após negativas de visto, outras após falsas promessas de profissionais despreparados. Muitas só conseguiram respirar aliviadas quando descobriram que poderiam lutar legalmente, com base nos vínculos construídos ali, dia após dia, ao lado dos filhos.
“Na Suassuna Global, cada caso é tratado com o cuidado que merece. Para essas mães, regularizar a situação migratória não é apenas uma questão legal — é sobre ter paz para matricular os filhos na escola, acessar o sistema de saúde e reconstruir a vida sem medo”, completa.
No fim das contas, o que essas mulheres fazem diariamente é mais do que cuidar: é resistir, reconstruir e criar novas possibilidades. São mães, sim — mas, acima de tudo, são mulheres que escolhem, todos os dias, permanecer. Por elas. Pelos filhos. Pelo futuro.
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