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Eventos

Festival Vijazz & Blues leva atrações musicais à Itabira

Apresentações acontecem nos dias 24 e 25 de agosto

Grandes nomes da música instrumental, da MPB, de Minas Gerais e do blues vão se apresentar em Itabira, na Concha Acústica, nos dias 24 e 25 de agosto, sábado e domingo. Os shows integram o Festival Vijazz & Blues em parceria com a Fundação Carlos Dummond de Andrade, que apresenta esta edição. É a quarta vez que Itabira recebe o festival Vijazz. A primeira edição na cidade de Drummond aconteceu durante a pandemia da Covid-19, em formato on-line, com transmissão ao vivo do Teatro da Fundação Carlos Drummond de Andrade. A entrada é gratuita em todos os shows.

Na tarde de sábado haverá um show especial, organizado por artistas locais, o Nandy Xavier Tribute, dedicado ao cantor itabirano Nandy Xavier, falecido em março deste ano, aos 61 anos. Alguns músicos e amigos do compositor vão interpretar canções de Nandy Xavier, como “Água de Coco” e “Joaninha”. O grupo é formado por Binho Borges (bateria), Roberto Oliveira (contrabaixo), Giovanni Borges (guitarra), Marcos Borges (violão), Marcelo Fonseca (teclado) e os cantores Yago Rios, Ana Moreira, Romário Araújo, Fernando Cotonete, Flávia Eloisa e Gleissinho.

Na mesma tarde, vão também subir ao palco o guitarrista e violonista mineiro Celso Moreira, Hamilton de Holanda Trio e o bluesman norte-americano Lil’ Jimmy Reed.

Cantor, guitarrista e gaitista, Lil’ Jimmy Reed simboliza a tradição clássica do blues da Louisiana. Nascido Leon Atkins, no final da década de 1930, em Hardwood, às margens do rio Mississippi. Lenda viva do Blues, em plena forma e muito vigor. Genuíno Bluesman que completou 86 anos em 2024. Um show contagiante e histórico, Lil gosta de caminhar com sua guitarra entre o público, toca guitarra nas costas, um verdadeiro showman. Foi destaque em grandes festivais nas cidades de Recife, Manaus, Goiânia, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Atualmente em turnês pelos EUA, Europa e América do Sul.

Bandolinista de prestígio internacional, o carioca Hamilton de Holanda já se apresentou com o trompetista Wynton Marsalis e sua Jazz at Lincoln Center Orchestra (Nova York, EUA), em festivais de rock, no megashow de Dave Mathews Band, nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, nos museus Smithsonian (Washington,EUA) e o Grand Palais de Paris é no Carnaval carioca. Ele também dividiu o palco ou gravou com Chick Corea, Coldplay, Paulinho da Costa, Chucho Valdes, Egberto Gismonti, Ivan Lins, Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil e John Paul Jones, entre outros.  

O Hamilton de Holanda Trio é o resultado da mistura de três memórias musicais. Hamilton de Holanda (bandolim de 10 cordas), Guto Wirtti (contrabaixo) e Thiago da Serrinha (percussão) trazem diferentes referências, mas apresentam uma forte intimidade musical, seguindo a ideia ‘moderno é tradição’. 

Juntos, Hamilton, Guto e Thiago lançaram três álbuns. “Trio” (Brasilianos, 2013) ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Instrumental: Solista e foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum Instrumental. “Samba de Chico” (Brasilianos/Biscoito Fino, 2016) levou o Grammy Latino de melhor álbum instrumental e uma indicação de melhor engenharia de gravação. É uma celebração dos 100 anos do samba e uma homenagem à obra de Chico Buarque, que canta “A volta do malandro” e “Vai trabalhar vagabundo”, Jacob 10ZZ” (Brasilianos/DECK), tem como referências o célebre Jacob do Bandolim, o bandolim de 10 cordas e o parentesco entre o Choro e o Jazz.

As releituras produzidas pelo trio são resultado de uma incessante busca pela beleza sentimental e pela espontaneidade. Guto Wirtti, de família musical, acompanha Hamilton há muitos anos. Já Thiago da Serrinha, criado nos morros cariocas, carrega no nome e no sangue a tradição do jongo da serrinha, manifestação cultural associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do samba carioca.

Celso Moreira (Guanhães/MG) teve contato com o universo musical desde cedo. Aos onze anos já tocava bateria em bailes da cidade, chegando a se apresentar com a Jovem Guarda no Rio de Janeiro. Ao se mudar para Belo Horizonte, em 1968, trocou a bateria – que não cabia no apartamento – por um violão, seu companheiro de todas as horas até hoje. Celso Moreira acompanhou Milton Nascimento no álbum e no espetáculo “Missa dos Quilombos”, gravou com o saxofonista Nivaldo Ornelas o CD “Reciclo”, participou do festival internacional de jazz (Tudo é jazz, Ouro Preto) por dois anos consecutivos, e ganhou por duas vezes o prêmio BDMG Instrumental. Lançou os CDs “Autoral” (2007) com participação de seu irmão, o guitarrista Juarez Moreira, e “Cenas Brasileiras” (2011) e um DVD (2014), composto por uma mescla do repertório de seus trabalhos anteriores.

No domingo, o palco da Concha Acústica de Itabira vai receber a cantora Titane com o percussionista Gilson Silveira, o guitarrista, compositor e produtor musical, Glaucon Siqueira, a Confraria do Groove, tendo Flávio Venturini como convidado, e a cantora Cerissa Mcqueen (EUA).

Acompanhando Titane, o percussionista itabirano/ipoemense Gilson Silveira reside em Turim, Itália, há 39 anos, onde vive trabalha como instrumentista de grande expressão. Multiartista (cantora, atriz, escritora), Titane trabalhou com diversos músicos de Minas e do Brasil, entre eles, Renato Andrade, Yuri Popoff, Antônio Adolfo e Airto Moreira.

Inicialmente influenciado pelo rock progressivo e por guitarristas, como Joe Satriani e Steve Vai, Glaucon Siqueira se interessou pela música brasileira a partir de um encontro com o multi-instrumentista Hermeto Pascoal. Glaucon foi um dos vencedores do Jovem instrumentista BDMG e mostra em seu primeiro álbum solo, “Encontro dos Tempos”, uma convergência de suas fases musicais. 

Projeto do Trompetista Adriano George, a Confraria do Groove, vai apresentar o show “Groove Gerais”, que privilegia o repertório do Clube da Esquina (“Tudo o Que Você Podia Ser”, “Fé Cega, Faca Amolada” e “Beijo Partido”, entre outros clássicos). O convidado especial será Flávio Venturini, que interpretará suas canções “Nascente”, “Espanhola”, “Noites com Sol”, “Céu de Santo Amaro”, “Todo Azul do Mar”, “Mais uma Vez” (Em parceria com Renato Russo) e “Linda Juventude”.

Conhecida por misturar ao blues uma infinidade de estilos como jazz, rock, soul, R&B, pop e funk, a norte-americana Cerissa Mcqueen tem como principais influências Aretha Franklin, Whitney Houston, Stevie Wonder e Yolanda Adams. Seu som e estilo diferenciado conferem-lhe um canto versátil, técnico e muito emocionante.

Fundação Carlos Drummond de Andrade apresenta o Festival VIjazz & Blues

24 e 25 de agosto de 2024

Concha Acústica – Itabira (MG)

Programação:

24/08 – 16h à 0h – Nandy Xavier Tribute, Celso Moreira, Hamilton de Holanda Trio e Lil Jimmy Reed.

25/08 – 14h às 22h – Glaucon Siqueira, Titane e Gilson Silveira, Confraria do Groove convida Flávio Venturini e Cerissa McQueen.

Entrada gratuita

Evento inclusivo e com emissões de gases de efeito estufa neutralizadas.

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